A implantação do Open Finance no Brasil é uma medida de grande importância que sofre — assim como várias outras iniciativas relevantes atualmente no país — as consequências da restrição do debate público nacional aos temas relacionados à pandemia.

Mas se pudéssemos avançar no futuro e, de lá, contemplar os maiores avanços brasileiros do ano de 2021, sem dúvida o Open Finance estará entre as principais realizações. Lançado pelo Banco Central em fevereiro, o cronograma de implantação do sistema financeiro aberto prevê a implementação de quatro etapas até dezembro deste ano.

No sistema financeiro tradicional, uma instituição não é capaz de enxergar o relacionamento do cliente com outra instituição, seja ela outro banco, seguradora, corretora, fundo de investimentos, etc.

Tudo isso muda com o Open Finance, que nada mais é do que a etapa final do Open Banking. Ou seja, quando não só os bancos poderão compartilhar informações de clientes, mas também qualquer outra instituição do sistema financeiro, como as citadas acima.

O compartilhamento de informações, regulado pelo Banco Central de modo a garantir segurança e agilidade, traz uma série de benefícios. A partir do acesso ao histórico financeiro e da análise do comportamento dos clientes, as empresas podem fazer ofertas customizadas de produtos e serviços de acordo com o tipo de negócio ou conforme a necessidade do consumidor.

Em outras palavras, concessão de crédito com melhores condições, auxílio na gestão financeira pessoal, novos modelos de score de crédito, recomendações de investimento adaptadas ao perfil de cada cliente, entre outras aplicações.

O open finance democratiza, agiliza e simplifica o sistema financeiro do Brasil. Atualmente, cerca de** 80% do market share do sistema financeiro está nas mãos dos cinco maiores bancos do país**. Isso impede que outros players acessem as finanças dos consumidores e ofereçam melhores alternativas.

É um entrave que resulta em taxas de juros mais altas, serviços de baixa qualidade, menor integração com outros produtos e maiores barreiras à inovação, deixando a população sujeita às condições impostas pelas grandes instituições.

Vemos com muito otimismo essa transformação e é uma satisfação enorme fazer parte dessa mudança e da democratização do sistema financeiro, já que a razão de ser da Pluggy é a democratização do acesso aos dados, permitindo a comunicação inteligente no sistema financeiro aberto.


Sobre a Pluggy
A ideia de criar a Pluggy surgiu em 2020 na Espanha, onde já trabalhávamos com compartilhamento de dados financeiros. Em conjunto com os amigos brasileiros Bruno Loiola, Rogério Correa e Victor Braga e os argentinos Federico Mirás e Gabriel Pan Gantes, encaramos o desafio de trazer para o Brasil a tecnologia de integração entre as instituições antes mesmo de o Banco Central anunciar a implantação do open banking no Brasil.

A aposta deu certo. Apesar do pouco tempo de vida, já passamos por diferentes programas de aceleração, como Oxigênio Aceleradora (Porto Seguro), Liga Ventures, Lift Lab (Banco Central), Plug and Play e Y Combinator (Vale do Silício). A Pluggy também tem firmado contratos com clientes de peso como a fintech Kinvo, recém-adquirida pelo BTG Pactual.