Regulamentação e inovação. Parecem palavras antônimas, mas que em muito se complementam. E o que não faltam são exemplos disso: quem não lembra da discussão sobre o transporte de passageiros com a chegada do Uber no Brasil?
No 6° episódio do Fintech Trends, Bruno Loiola, cofundador e CGO da Pluggy, recebe Rodrigoh Henriques, Diretor de Inovação na Fenasbac e Jihane Halabi, Sócia do Halabi Advogados, para falar sobre como o ecossistema de inovação em muito é fomentado pelas regulamentações.
Regulador inovador
Historicamente, vemos o regulador enquanto um órgão responsável por comprimir inovações, visto que visava o bem-estar social. No entanto, atualmente o que se observa é o movimento reverso, mas pelo mesmo motivo. Tal bem-estar somente pode ser alcançado através de inovações disruptivas que coloquem o usuário, o cliente final, como prioridade.
Um exemplo disso é a antecipação de recebíveis. Havia uma discussão, logo em sua criação, se seria caracterizada como empréstimo, atividade privativa de instituição financeira ou factoring. O que se percebia era um limbo regulatório, uma falta de compreensão dos players acerca das inovações que surgiam no mercado.
Hoje, já vemos o Banco Central mais voltado para regulação e a criação de figuras que provêm fomento à disrupção, o que cria oportunidades para empresas criarem novos produtos e saírem na frente de seus concorrentes, provendo aos clientes soluções que de fato correspondam às suas expectativas.
Mudanças estruturais que vieram para ficar
Pix, Open Finance, Real Digital…
Parecem coisas muito diversas, mas podem significar uma mesma ideia: a digitalização do sistema financeiro numa sociedade digital.
O regulador não inventou a sociedade digital, mas entendeu que não se poderia seguir com ideias para resolver problemas antigos, mas que se deveria assumir um setor financeiro também dentro desse novo escopo.
E havia uma necessidade de resolver uma assimetria de informação e de conveniência. O Pix parece pertencer à segunda: Quão fácil é transacionar entre pessoas? Antes, o cheque, o TED, DOC e dinheiro não eram convenientes o bastante. Portanto, surgiu uma inovação que trouxe não apenas facilidade, como também inclusão financeira: 40 milhões de pessoas fizeram a primeira transação financeira eletrônica de dinheiro por meio dele.
É a bancarização se tornando realidade.
Já o Open Finance traz, por meio da resolução da assimetria de informação, a conveniência para usuários. E quando falamos sobre o CBDC, o Real Digital, entra como um composto de tentar resolver ambas as coisas: o quão fácil é de usar por meio dos dados que posso oferecer.
Escute ao papo completo:
Regras em um mundo em disrupção
Regulação e inovação parecem palavras antônimas, mas em muito se complementam. Confira como!
