Uma gama de possibilidades se abre com o Open Finance. Em abril de 2022, a nomenclatura deixou de ser Open Banking para se tornar a que conhecemos hoje, não apenas para seguir a evolução constante que o ecossistema abrange, mas o projeto tem por objetivo facilitar a compreensão das pessoas, já que o compartilhamento de suas informações não afeta apenas produtos bancários, mas sim diversos serviços do ecossistema financeiro.

No entanto, não apenas os produtos e serviços financeiros se beneficiam dessa abertura: há muito espaço para inovações até mesmo no que tange à ESG, sigla para Environmental, Social and Corporate Governance.


Green Fintechs

Segundo pesquisa da PwC, 77% dos investidores revelam que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos. Além disso, segundo a Morningstar e a Capital ResetNo, no Brasil foram captados R$ 2,5 bilhões em fundos ESG apenas em 2020.

Isso nos confirma que as preocupações com o meio ambiente, a sociedade e a governança corporativa deixaram de ser uma opção para empresas, tornando-se uma obrigatoriedade e sustentabilidade dos negócios.

Nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são elencados 17 desafios e dificuldades da nossa sociedade no que tange a ESG. Para o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% das empresas participantes possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados.

Do lado do consumidor, uma consulta da Tink expôs que, entre os entrevistados de 18 a 34 anos, dois terços (62%) desejam mais informações acerca de suas emissões de carbono de modo a reduzir seu impacto no planeta.

Tendo em vista um mercado ativo que demanda por serviços que os ajudem a incorporar tais metas em sua empresa e dia a dia, muitos empreendedores passaram a desenvolver as chamadas Green Fintechs, as quais desenvolvem soluções alinhadas a essas necessidades, seja para empresas ou consumidores.


Open Finance fará do mundo um lugar mais sustentável?

Com o Open Finance, é possível que instituições financeiras atendam com maior eficácia às expectativas de seus clientes, por meio da melhoria na percepção dos hábitos de consumo, maior compreensão dos padrões de renda, capacidade de verificar a propriedade da conta, identidade, entre outros benefícios.

Mas os dados do Open Finance têm uma capacidade muito mais extensa.

Ao observar dados financeiros, conseguimos perceber que um modo eficaz de combater as mudanças climáticas está em analisar onde estamos investindo nosso dinheiro e de quais fornecedores consumimos.

Um exemplo de fintech verde é a Worldline. Ela oferece aos seus clientes soluções sustentáveis, confiáveis e seguras em toda a cadeia de valor de pagamento, promovendo o crescimento de seus negócios onde quer que estejam. Um de seus serviços é o Green Banking.

Usando os dados do Open Finance, a Worldline - Green Banking visa oferecer uma solução que compreende algumas etapas:

🌳 Fornecer insights acerca da emissão de carbono aos usuários finais com base em transações bancárias, permitindo que eles sejam mais conscientes sobre seu impacto ambiental;
🎮 Fornecer recursos para envolver os usuários finais a mudar seus comportamentos em um ecossistema ganha-ganha;
🟢 Promover títulos verdes ou outros produtos financeiros e oferecer uma maneira fácil para os usuários finais assinarem produtos verdes.

Produtos:
🏦 API: Através de uma única API, ocorre a agregação de dados bancários (são 3000 bancos da União Europeia em 19 países) e o cálculo de informações sobre a emissão de CO2;
🧩 SDK: O kit facilita a integração de insights em aplicativos bancários móveis.

🏅 Com pontuação de 86/100, a Worldline obteve a medalha Platina pela EcoVadis. Em relação ao meio ambiente, a Worldline obteve uma pontuação excelente de 90/100, ressaltando seu forte impulso para melhorar sua contribuição para a neutralidade de carbono do ecossistema de pagamentos.

São muitas oportunidades. Basta entender quais empresas estão preparadas para essa disrupção. A sua está?