As APIs são essenciais no contexto do Open Finance. Elas permitem que empresas tenham acesso às informações financeiras de seus usuários, como transações, fluxo de caixa, receita etc, por meio do consentimento desses.

Em um relatório recente da Salt Labs, 95% das organizações pesquisadas sofreram um incidente de segurança da API nos últimos 12 meses.

Num contexto cada vez mais digital e com uma ampla oferta de serviços financeiros de forma online, há o emprego cada vez mais frequente de APIs, o que gera uma demanda urgente: uma prevenção consistente contra ataques cibernéticos criminosos.


Segurança do Open Finance

O Open Finance é um desdobramento da LGPD. A partir dele, os usuários passam a ser os donos de seus dados financeiros, podendo compartilhá-los com a instituição de sua preferência. Tudo isso com a segurança e os padrões exigidos pela Lei Geral de Proteção de Dados.

O compartilhamento, armazenamento e tratamento de dados é realizado com o apoio de múltiplas camadas de segurança, com as melhores práticas e padrões de cibersegurança, além de ser desenvolvido, autorizado e regulado pelo Banco Central, que impõe regras rígidas para evitar vazamentos e garantir uma experiência segura para usuários.

Adicionalmente, existem muitos métodos de segurança no mercado que apoiam um compartilhamento de dados ainda mais seguro, como o MFA (autenticação multifator), que exige uma autenticação dupla e uma senha fortificada.

Portanto, sim, o Open Finance é seguro. E mais: A partir dele, muitos procesos de verificação de segurança se tornam ainda mais precisos.


Segurança com Open Finance

A partir do ecossistema aberto de dados, muitas oportunidades se abrem para evitar fraudes financeiras.

A partir de uma visão holística do comportamento financeiro dos usuários, é possível identificar e prever fraudes, por separar o usuário legítimo de um possível fraudador. Nesse cenário, inteligência artificial e machine learning serão muito importantes.


Caso de uso: Aluguéis mais seguros

Lá no Reino Unido, o mercado de aluguéis é um grande negócio, avaliado em cerca de £ 1,4 trilhão. Com tanto dinheiro na mesa, a ascensão dos fraudadores tem sido uma infeliz inevitabilidade. Após a pandemia de coronavírus, o Brexit e a crise do custo de vida, muitos cidadãos estão vivendo uma situação complicada. Infelizmente, isso levou a um aumento acentuado nas fraudes em aluguéis.

Esse tipo de fraude envolve o fornecimento de identificação falsa ou adulterada, cheques sem fundo, declarações de renda fraudulentas, entre outros. De acordo com os dados mais recentes, elas aumentaram 71% entre o segundo semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021. Diante desse aumento, proprietários e agentes imobiliários estão testando novas tecnologias para identificar e deter os fraudadores.

E sabe quem foi essencial para que os riscos de golpes fossem mitigados? O Open Finance!

De acordo com a plataforma de tecnologia de aluguel Goodlord, um em cada cinco candidatos apontados como fraudulentos por sua tecnologia anti fraude é confirmado como fraudulento por uma equipe especializada. Se não fosse pelas mais recentes tecnologias antifraude, isso poderia custar aos proprietários cerca de £ 1 milhão.

Por usarem o Open Finance para verificar a renda dos inquilinos, os agentes imobiliários e os proprietários agora podem confirmar as informações salariais de um inquilino ou registros anteriores de pagamento de aluguel, diretamente com seu banco.

Isso não apenas acelera o processo de verificação financeira para locatários, mas também fornece um sistema que não pode ser manipulado de forma fraudulenta.

Extratos em papel ou recibos de pagamento em PDF podem ser facilmente editados ou falsificados. O Open Finance não deixa espaço para fraudes.


Para cada vez mais promover confiança no consumidor no Open Finance, é preciso um investimento pesado em cibersegurança e informá-lo constantemente sobre quais são esses. Além disso, o ecossistema aberto promoverá um setor financeiro cada vez menos propenso a fraudes.