O Open Finance é comumente associado ao mercado financeiro e bancário, dada a imensa possibilidade de melhorias e inovações que gera para esses setores. No entanto, ele não se restringe a esses casos de uso. O que torna essa tecnologia ainda mais presente no dia a dia de todos é a grandiosidade de soluções que ela pode trazer para os mais variados problemas.

Um caso de uso muito interessante para o Open Finance é o KYC, sobre o qual falaremos hoje.



Começando pelo básico: O que é KYC

Know your Customer, ou “Conheça seu Cliente”, é um termo muito utilizado na cadeia de negócios, em especial no mercado financeiro, bancário e de grandes corporações. Se trata do reconhecimento de riscos de fraudes financeiras, corrupção, lavagem de dinheiro e outros ligados a finanças, de modo a mitigar ameaças e atividades ilícitas, logo no onboarding do cliente.

Para conhecer o consumidor a fundo e minimizar os possíveis riscos ao trazer um novo cliente, a instituição deve seguir uma série de regras e normas, e, a fim de cumprí-las, deve-se instaurar um processo de KYC, o qual permitirá que as informações necessárias sejam coletadas e analisadas corretamente.

No Brasil, essa prática está regulamentada no artigo 10° da Lei 9.613/98, além do Normativo SARB 011/2013 da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Em resumo, as principais estratégias de KYC são:

👨 CIP: Do inglês Customer Identification Program, a sigla se refere a verificação da identidade do cliente;
💵 CDD: Due Diligence do cliente, ou seja, avaliação do risco que esse cliente pode trazer para a empresa, através da revisão de sua conta e práticas;
🦹‍Monitoramento contínuo: Verificação constante dos padrões de transações, bem como vistoria de atividades suspeitas.

☝ ️ E onde a LGPD entra nisso?

Os dados coletados para essa análise devem, é claro, estar em consonância com as estipulações da Lei Geral de Proteção de Dados.

Esse processo, que faz parte do onboarding de usuários em instituições financeiras, é muitas vezes acompanhado da personalização da comunicação, para que seja simples para os clientes, dado que uma pesquisa da Deloitte revelou que 38% dos clientes consideram a experiência como um critério importante para escolha de um banco digital.


Problemas

Em 2017, um estudo da Consult Hyperion, consultoria estratégica do Reino Unido, demonstrou que instituições financeiras desembolsam aproximadamente 60 milhões de dólares com KYC. Além disso, o processo de onboarding em bancos, como dito acima, pode ser afetado com o custo adicional da personalização para coleta dos dados, que pode elevar ainda mais o gasto desse processo.

Ainda, a verificação ocorre majoritariamente de forma manual, com a coleta de dados desestruturados e construção de informações através deles sendo realizadas por um setor específico. Mesmo com o uso de ferramentas digitais, o curso do KYC era demorado, caro e, por vezes, ineficiente.

Além disso, para pequenas e médias empresas, ainda há o agravante da falta de automação, que faz com que a perda de clientes pela demora e inautenticidade do processo seja recorrente.

As soluções do Open Finance

Para todos esses problemas, uma solução: o Open Finance. Com ele, o processo ganha:

🤖 Automação precisa e destinada a tornar o processo mais simples e rápido para todas as partes;
💰 Identificação exata da origem dos recursos e da constituição do patrimônio dos clientes;
🖱️ Plataforma única de fácil integração;
🎲 Dados úteis e uma análise precisa do perfil do usuário.

Tirando o fator humano do processo, empresas poderão obter essas informações mais rapidamente e com a certeza de que seus clientes não serão afastados por conta de um processo dificultoso e demorado. Além disso, é muito mais fácil implementar machine learning e observar a fundo as transações e investimentos dos clientes, tendo um KYC íntegro e um onboarding certo para aqueles aptos.