Este artigo não foi escrito pelo ChatGPT, mas com certeza o futuro da gestão financeira vai ser.

Antes de falarmos sobre isso, vamos dar um passo para trás e voltar a 2016, com a criação da BIA, inteligência artificial do Bradesco, uma iniciativa do banco para melhorar a experiência do cliente no atendimento bancário.

Desde então, a BIA tem sido aprimorada e atualizada com novas funcionalidades, com o objetivo de se tornar uma assistente virtual cada vez mais completa e eficiente. Em 2020, a ferramenta realizou mais de 178 milhões de atendimentos durante o ano, o que representa um aumento de 31% em relação ao ano anterior. Além disso, a BIA foi responsável por 70% dos atendimentos realizados pelo banco em canais digitais.

Entre as principais funcionalidades, estão consultas de saldo e extrato, transferências, pagamentos de contas, recarga de celular, contratação de empréstimos, investimentos e seguros. Ela também está integrada ao Next, a conta digital do Banco Bradesco, oferecendo informações em tempo real sobre gastos, receitas e investimentos. Por ser uma importante e inovadora ferramenta para atendimento bancário, por vezes foi eleita a melhor assistente virtual do mercado financeiro brasileiro, com um índice de satisfação de 84%.

Trata-se de uma importante disrupção no mercado, que trouxe à tona a importância de ferramentas que facilitam a vida financeira do usuário, auxiliando-o a gerir melhor suas finanças.

Mas qual o futuro desse tipo de solução?

Segundo pesquisa da Febraban, para 56,4% dos respondentes as finanças são motivo de estresse na família. Outra pesquisa do SPC Brasil, realizada em 2021, mostrou que 44% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de controle financeiro, como anotar despesas ou fazer um planejamento financeiro.

Embora a gestão financeira seja uma importante ferramenta que apoia a garantia de um futuro financeiro seguro e estável, percebe-se um gap em seu oferecimento na prática. Isso porque trata-se de uma tarefa desafiadora, principalmente olhando para dados de educação financeira no Brasil: em pesquisa para Leve, 52% dos entrevistados não possuem ou não sabem como montar um planejamento financeiro para os próximos anos.

É aqui que entra minha aposta para o futuro: O ChatGPT.

Segundo o próprio: “Ele pode ser usado para ajudar nas finanças pessoais, permitindo que as pessoas gerenciem suas finanças de forma mais eficiente”.

Mas como? Acredito que ao lado de outra inovação financeira importante: O Open Finance. Imagine conectar suas contas de diferentes instituições financeiras ao ChatGPT, podendo contar com um assistente financeiro pessoal, gerenciando seu orçamento mensal, oferecendo conselhos importantes para ajustes em seus gastos de modo a economizar, otimizando metas financeiras, analisando seus investimentos, gerando relatórios financeiros detalhados.

Finalmente poderemos utilizar a inteligência virtual para responder perguntas como: “Posso sair pra jantar hoje?” Com respostas do tipo:

  1. É melhor você preparar algo em casa já que seu orçamento para comidas fora de casa já está ultrapassado esse mês!
  2. Parece uma ótima ideia! Mas limite-se a R$80 pois isso pode comprometer o pagamento do seu cartão de crédito no dia 20.
  3. Vai fundo! Recalibrei suas finanças para que você consiga jantar tranquilo. Divirta-se!



Ou “Gostaria muito de trocar minha televisão! Posso comprar essa de 50’?”, tendo como resposta:

  1. Bruno, pode comprar! Você economizou R$250 mês passado e as parcelas estão dentro do orçamento. Aliás, melhor você pagar com o cartão “XYZ”. Em 2 meses você já deve ter milhas suficientes para comprar a passagem das suas férias no ano que vem pro nordeste.
  2. “Melhor esperar um pouco! Faltam somente 2 meses para a Black Friday e você pode economizar até 30%. Já vou deixar aqui programado para procurar a melhor oferta durante esse período.”

    O ChatGPT abre possibilidades imensas sobre o futuro e faz com que as soluções que temos atualmente pareçam pré-históricas!

    Esse é o futuro em que eu aposto. E estamos mais próximos dele do que imaginamos…