Unicórnios, dragões... Dentre tantos seres mitológicos, há algo em comum: o desejo de fazer com que a startup cresça e gere o impacto sonhado pelos empreendedores. Agora, conseguir mais clientes, investimentos e fazer com que tudo dê certo é um grande desafio!
Ainda bem que existe a Y Combinator, uma das mais famosas aceleradoras de startups do Vale do Silício, que oferece recursos a startups promissoras que ainda estão começando para que possam aprender com acertos e especialmente com os erros de tantas outras que já passaram pelo programa.
No 7° episódio do Fintech Trends, Bruno Loiola, cofundador e CGO da Pluggy, recebe Mário Marcoccia, cofundador da Compra Rápida e Victor Urano Braga, também cofundador da Pluggy, para falarem sobre suas experiências com o YC.
Uma dica: Se inscreva!
Uma coisa que poucos sabem é que a inscrição no Y Combinator é gratuita! Logo, você não perde nada ao se candidatar, mas ganha: o YC fornece um feedback para as startups não aceitas.
Como funciona o processo de seleção? Ele consiste em duas etapas. O primeiro é uma aplicação profunda, através da qual ele busca entender o quão bem você conhece o problema que busca resolver, quais hipóteses você levantou sobre ele, qual a sua experiência, o que já foi validado, relação entre os sócios. Além de gratuito, ele é um processo de autoconhecimento, de questões que normalmente empreendedores não param para refletir.
Cerca de 10% das melhores aplicações vão para uma entrevista. Nessa entrevista, você precisa, em 10 minutos, explicar seu negócio, o quanto você entende o produto, o quanto você tracionou sua empresa desde a aplicação. São pontos muito relevantes e o foco aqui é em ser objetivo.
E depois da seleção?
O YC é uma grande lição de praticidade para empreendedores. Todas as interações do office hours duram menos de 15 minutos, construídas em pura objetividade e franqueza. Isso fica evidente também nas palestras, que falavam sobre os erros de alguns dos fundadores que passaram pelo Y Combinator. Existe por lá uma valorização de erros e aprendizados que derivam deles.
E também há um olhar com afinco para o produto. É um processo de aceleração muito focado em ação, em tornar o produto melhor a cada dia. Então se olha muito para usuários, métricas, evolução de produtos.
O fundraising é uma consequência do trabalho feito.
Demoday
Ao final de cada batch, cada startup tem um minuto para apresentarem sua solução e mostrar o potencial que tem. Seguindo aquela mesma linha de objetividade, é preciso ser conciso em suas palavras para mostrar tudo que foi feito. É a oportunidade de falar diretamente com investidores, os motivos pelos quais deveriam investir em você. Mas Mário explica:
“O Demoday é um catalisador para que você intere mais rápido seu produto e cresça sua empresa. Não é para captar por hype, pois você se dilui demais. É para captar o necessário”.
Trata-se de uma visão minimalista do investimento, focando no que é realmente necessário para fazer seu negócio crescer. O foco, como já comentamos, é ter foco no problema.
Os investidores, nesse momento, podem entrar em contato com sua empresa para garantirem um investimento e também colaborarem com sua expertise de mercado.
Pós Demoday
Victor Urano Braga comenta:
“O exercício de explicar o que você está fazendo te ajuda a entender cada vez mais e em mais detalhes aquilo que é importante. Além de ter uma série de opiniões, entender o que o mercado está olhando em termos de investimentos e outras soluções. E por vezes somos confrontados com questões trazidas por investidores que podem agregar valor ao negócio.”
Ouça o episódio completo: